POESIAS  DE

Fernando Pessoa, além de usar o próprio nome em diversas produções literárias, muitas assinou com os nomes Álvaro de Campos, Alberto Caeiro e Ricardo Reis. Cada um dos heterônimos* tem seu próprio estilo literário, biografia e características físicas bem individuais.

 
Ricardo Reis: Educado num colégio de jesuítas, é médico auto-exilado no Brasil. Entendido em mitologia, privilegia os gêneros neoclássicos altamente elaborados.

• Para ser grande
• Tão cedo passa tudo
• Segue o teu destino

 
Álvaro de Campos: É engenheiro naval. Sôfrego, ávido e passional. Como Pessoa, não tolera as verdades definitivas. Estilisticamente é "moderno", "futurista", entusiasmado com as novidades da civilização industrial. 

• Todas as cartas de amor são Ridículas
• "Tabacaria" (fragmentos 1)
• "Tabacaria" (fragmentos 2)
• "Passagem das Horas" (fragmentos 1)
• "Passagem das Horas" (fragmentos 2)

 
Alberto Caeiro: Quase não dispôs de educação. Escreveu um pouco mais do que 30 poemas num português descuidado, com lapsos.

• Pouco me importa
• Se eu morrer novo
• História do meu Menino Jesus

 
Fernando Pessoa, por ele mesmo:

• Autopsicografia (O poeta é um fingidor)
• Não sei quantas almas tenho
• Como é por dentro outra pessoa?
• Esta espécie de loucura
• Cai chuva do céu cinzento
• Navegar é preciso; viver não é preciso

O resumo das característica de cada heterônimo foi escrito baseado nos artigos Pessoa e seus Heterônimos (George Steiner ) e A Razão Poética (Ferreira Gullar).

* Heterônimo. "S. m. 3. Outro nome, imaginário, que um homem de letras empresta a certas obras suas, atribuindo a esse autor por ele criado qualidades e tendências literárias próprias, individuais, diferentes das do criador. (...)a palavra parece haver começado a circular após o surgimento de Fernando Pessoa".
[Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. "Novo Dicionário da Língua Protuguesa". 2ª edição, 34ª impressão.1986. p. 891]

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