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Modelagem de Negócios e Sistemas de Informação

 

Felipe Dias, Graduando (Bolsista NCE)
Fernando Machado Lima Ferreira, Mestrando
Gisele Morgado, Mestranda (Bolsista de Mestrado CNPQ)
Denis Silveira, Doutorando
Antonio Alencar, D.Phil.
Fernando Manso, Ph.D.
Priscila Lima, Ph.D. (Bolsista PRODOC/CAPES)
Eber Schmitz, Ph.D.

     
 

Sistemas de Informação têm enorme potencial de trazer benefícios. Mas também podem trazer muitos prejuízos quando feitos de forma errada. Um sistema de alta tecnologia inclui vários elementos: software, hardware, pessoal, base de dados, documentação e procedimentos. A Engenharia de Sistemas ajuda a traduzir as necessidades de negócio num modelo de sistema que faz uso de um ou mais destes elementos (PRESSMAN, 2001). Este artigo apresenta resumidamente os principais conceitos da Engenharia de Sistemas e os projetos desenvolvidos pelo grupo de pesquisa em Gestão Estratégica de Tecnologia da Informação (GETI) que faz parte da linha de pesquisa em Sistemas de Informação do Programa de Mestrado em Informática do IM/DCC/NCE/UFRJ.

1. Modelagem de Negócios

Um modelo é uma simplificação da realidade. Construímos modelos para compreender melhor o sistema que estamos desenvolvendo. Segundo (ERIKSSON; PENKER, 2000), um modelo do negócio é uma abstração do funcionamento do próprio negócio. Tal modelo é composto por: objetivos, recursos, processos e regras (figura 1).

    · Objetivos - são os propósitos do negócio, ou simplesmente, o resultado que toda a organização deseja atingir.

    · Recursos - constituem os objetos utilizados em um negócio, tais como pessoa, material, informação ou produto.

    · Processos - constituem um conjunto de atividades estruturadas para que um produto (bem ou serviço) seja gerado.

    · Regras – são declarações que restringem, derivam e fornecem condições de existência, representando o conhecimento do negócio.

Figura 1: Os objetos que compõem um negócio


2. Modelagem de Sistemas de Informação

Assim como ocorre na modelagem de negócio, utilizamos um modelo para representar os componentes de um sistema de informação. Para guiar a modelagem de sistemas de informação, várias metodologias foram criadas. Sendo assim, destacamos neste trabalho a Metodologia Rápida para o Desenvolvimento de Sistemas (MRDS) (SILVEIRA; SCHMITZ, 2000) que tem como objetivo diminuir a quantidade de documentos produzidos na construção de um sistema de qualidade.

Nesta metodologia, o desenvolvimento é dividido em duas fases. A primeira é a definição do Modelo de Requisitos que tem por objetivo definir quais são as funcionalidades esperadas pelo software. Ela é formada pelo Modelo de Casos de Uso, Modelo de Domínio e as Maquetes do sistema. Já a segunda fase, chamada de Modelo de Análise e Projeto, tem como objetivo transformar o Modelo de Requisitos na definição dos módulos componentes do software. Esta fase é composta pelo Modelo Estático (classes) e Modelo Dinâmico (seqüência e estados). Cada uma destas fases deve ser realizada de forma iterativa, repetindo os passos várias vezes até que se obtenha um modelo completo e consistente (SILVEIRA; SCHMITZ, 2000).

3. A Relação entre a Modelagem de Negócios e a Modelagem de Sistemas de Informação

De acordo com (STERGIOU; JOHNSON, 1998), a modelagem de negócio tem sido amplamente discutida e praticada. Entretanto, os autores mencionam a existência de um “vazio” entre os negócios e os sistemas de informação que suportam o negócio. Neste contexto, acreditamos que ainda há algum caminho a percorrer para que a ligação entre estes dois modelos possa ser percorrida sem sobressaltos.

Um bom sistema de informação pode ser uma vantagem competitiva do negócio, porém se o sistema não atende às necessidades do negócio, este pode ter seu desempenho prejudicado. Esse é o motivo, segundo (BUBENKO; WANGLER, 1993), do início de uma troca de paradigma da engenharia de sistemas orientada à tecnologia para estruturas orientadas ao modelo do negócio.

4. Projetos do Grupo

Buscando facilitar a modelagem e o desenvolvimento de novos sistemas, o grupo GETI vem desenvolvendo algumas ferramentas que tratam os assuntos abordados nas seções anteriores. A seguir serão descritas as principais funcionalidades dessas ferramentas.

4.1. Régula

A ferramenta Régula (DIAS et al, 2004) possibilita a captura, a gerência e a representação de Regras de Negócio. A captura das regras é realizada através de templates em Português Estruturado, permitindo que um especialista do negócio possa descrever as regras de uma forma clara e não ambígua. Para cadastrar as regras, o especialista utiliza um construtor de sentenças, como mostrado na figura 2. Essas regras cadastradas são, então, mapeadas para regras em código Prolog, que é executável e que pode ser utilizado em um sistema de informação. Todas as regras são descritas utilizando os termos já cadastrados na ferramenta, havendo um módulo de termos para que estes sejam especificados. A partir da definição dos termos do negócio, o Régula gera um modelo conceitual.

Figura 2: Construindo uma Regra de Negócio no Régula

A ferramenta também disponibiliza um módulo de consulta às regras, executando o código em Prolog para resolver as consultas através de inferência. Esse módulo ainda está em construção, possibilitando atualmente apenas as consultas a alguns tipos regras.

 

 
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