Capítulo7ao12:

Comentários sobre os cap. 7, 8, 10 e 12 do livro

 Learning With Artificial Worlds: Computer Based Modelling in the Curriculum,

de

 Harvey Mellar, Joan  Bliss, Richard Boohan, Jon Ogborn e Chris Tompsett.

por

Jorge Fernando Silva de Araujo

 

            O principal objetivo deste livro é a apresentação de diversos sistemas de modelagem, que devem se situar no contexto dos chamados modelos mentais que estão relacionados com o que se pensa em  Ciência a respeito da das coisas que nos cercam.

             Falando sobre os modelos, os autores mostram que eles podem ser qualitativos ou quantitativos. Se qualitativos, podem dar origem a conceitos ingênuos sobre Física, por exemplo; se quantitativos, permitem criar modelos que possam representar o comportamento de muitos sistemas simples, que  podem ser preditos com grande precisão usando uns poucos princípios de Física básica e o conhecimento das condições iniciais. Alguns sistemas podem ser muito complexos, exigindo a elaboração de modelos mais elaborados. Observa-se que há ferramentas que se adaptam mais a um tipo de modelo do que outro, dependendo dos dados que devam ser trabalhados e do que se pretende como resultado.

            Os autores mostram que, apesar das ferramentas desenvolvidas com o fim específico do trabalho de modelagem, é possível trabalhar com outros recursos computacionais, em que até mesmo uma planilha poderá ser utilizada para a análise dos dados, permitindo rápida troca ou inserção de valores.

              Ferramentas de modelagem devem ser usadas como apoio ao raciocínio quantitativo, permitindo o trabalho dos alunos em diferentes tarefas exploratórias ou expressivas, fazendo-os compreender sobre a natureza das quantidades envolvidas e do relacionamento entre as variáveis de cada problema. Os modelos construídos pelos alunos nem sempre são os melhores, mas devem se mostrar úteis na compreensão de problemas. Em resumo, a real compreensão em Ciência é essencialmente qualitativa, ainda que seja freqüentemente expressa por relações matemáticas. A modelagem estabelece a ponte necessária para a compreensão qualitativa do conceito, ao mesmo tempo em que, qualitativamente fornece resultados rápidos e de fácil repetição.

Capítulo14 e 15

Learning with Artificial Worlds

Computer-based Modelling in the Curriculum

Edited by

Mellar, H., Bliss, J., Boohan, R., Ogborn, J., Tompsett, C.

 

Cap. 14: Causality and Common sense Reasoning

Cap. 15: Reasoning with a Semi-quantitative Tool

 

Os capítulos 14 e 15 fazem parte de uma seção que trata do raciocínio comum sobre quantidades.  No capítulo 14 são descritas as diferentes áreas nas quais a noção de raciocínio semi-quantitativo tem sido usada. São apresentados resultados obtidos nas áreas de Inteligência Artificial (AI), Ciências Cognitivas e de trabalhos com crianças e estudantes.

No capítulo 15 são descritas as descobertas sobre o raciocínio das crianças entre 11 e 14 anos, quando trabalhando com a ferramenta semi-quantitativa IQON, que foi desenvolvida dentro do projeto TELP (Tools for Exploratory Learning Programme).

 

 

Capítulo 22:             Incorporating Modelling into a Mathematics Curriculum

                                    Sue Burns

Este capítulo descreve o projeto The Nuffield Advanced Mathematics. O objetivo deste projeto é estimular o estudo de matemática avançada entre os alunos. Foi desenvolvido com a utilização de calculadoras gráficas, planilhas e ferramentas de modelagem como Numerator e STELLA.A introdução de modelagem foi feita através de estudo de casos e em disciplinas como microbiologia. Percebeu-se vários ganhos entre os alunos, como mais motivação e reflexão, dentre outros.

 

Capítulo 23:             Modelling and Teacher Change

                                    Ian Stevenson e David Hassell

  Neste capítulo é apresentado o projeto  The Computer Based Modelling across the Curriculum (CBMAC), cujo objetivo é elaborar material didático/pedagógico para professores que quiserem utilizar modelagem em sala de aula. O material produzido foi denominado The Modelling Pack – INSET (In-Service Education for Teachers). Este projeto foi desenvolvido em quatro fases, explicadas abaixo:

Fase 1: Preparação – INSET: esta etapa destinou-se ao desenvolvimento do INSET;

Fase 2: Desenvolvimento: nesta etapa os professores recebiam material para treinamento. Geralmente tinham sempre um dia “livre” na semana para estudar, ter suporte com uma pessoa responsável pelo projeto e comunicar-se com professores de outras escolas do mesmo projeto;

Fase 3: Desenvolvimento e Reprodução: ocorreu no segundo ano do projeto. Nesta fase, os professores elaboraram seus próprios materiais;

Fase 4: Produção, Avaliação e Publicação: nesta etapa todo o material foi testado junto a professores e alunos. Foram feitos os devidos ajustes e depois publicado.