Publicidade
 
Edição Especial . 22 de maio de 2002
 
CARTA AO LEITOR
APRESENTAÇÃO
CRITÉRIOS
RANKING
A CAMPEÃ DO
ENSINO FUNDAMENTAL
A CAMPEÃ DO
ENSINO MÉDIO
AS SURPRESAS
PROFESSORES
INSTALAÇÕES
ESPORTE
BILÍNGÜES
TRABALHO SOCIAL
SEGURANÇA E DISCIPLINA
FICHÁRIO
   

RANKING

Acima da média

Os melhores colégios de Belo Horizonte têm
algo em comum:
a qualidade dos professores


Fotos Nélio Rodrigues

Laboratório de biologia do Colégio Loyola: turmas são divididas para aproveitar melhor os equipamentos


A
pesquisa VEJA Belo Horizonte-Ipsos Marplan comprova uma tese bastante simples: o que faz a diferença entre uma escola boa e uma mediana são os professores. Apesar da introdução de novas tecnologias, das instalações cada vez mais sofisticadas que deixam alguns colégios com ares de clube, o sucesso ou o fracasso de um projeto pedagógico depende fundamentalmente da interação entre professor e aluno, dentro da sala de aula. "Uma equipe coesa, que compartilha o mesmo projeto pedagógico, é determinante para a qualidade de ensino", afirma Maria Helena Guimarães, secretária executiva do MEC. "É fundamental também investir na formação permanente dos docentes."

Entre os melhores colégios de Belo Horizonte existem instituições com os mais variados perfis. Religiosas, laicas, grandes, pequenas, conservadoras, liberais. Algumas se preocupam em engajar crianças e adolescentes em trabalhos sociais. Outras oferecem grande número de atividades esportivas. Tão diferentes entre si, essas escolas têm em comum professores bem remunerados e estáveis, que se reúnem freqüentemente para avaliar e planejar as aulas – e recebem para isso. Nelas, um maior número de profissionais trabalha em regime de exclusividade e há maior quantidade de mestres e doutores. Mas tudo isso ainda não é suficiente. É preciso que o corpo docente tenha uma estrutura adequada, dando sustentação do lado de fora da sala de aula. Um bom número de coordenadores, cursos para que possam utilizar a informática como instrumento efetivo de aprendizagem, palestras com especialistas para aprimorar métodos pedagógicos. Todos esses itens, em menor ou maior grau, foram encontrados pela pesquisa VEJA BH-Ipsos Marplan nesses colégios.

 

Colégio Santo Agostinho: armários individuais para os alunos

No término do levantamento, os campeões foram o Santo Antônio (ensino fundamental) e o Magnum Agostiniano (ensino médio). É importante ressaltar que existem várias escolas tão boas ou quase tão boas quanto as duas primeiras colocadas. A diferença no desempenho das melhores não foi grande. As vinte primeiras da lista alcançaram mais de 60 pontos de 100 possíveis. Todas elas chegaram a um patamar de excelência que as coloca em posição de superioridade entre os 97 estabelecimentos de ensino que responderam ao questionário. Qual será então a melhor escolha? Diante de tantas possibilidades, ela dependerá menos da classificação final do que de determinadas opções dos pais, que podem preferir uma orientação mais ou menos liberal, religiosa ou não, e levar em conta, sobretudo, a localização – algo importantíssimo na hora de decidir onde matricular o filho. As escolas mais bem colocadas nos rankings da pesquisa VEJA-Ipsos Marplan, além de possuir ótimos professores e dar condições para que eles possam desenvolver seu trabalho, mantêm uma grade curricular equilibrada, com bom número de atividades artísticas e esportivas, utilizando vários instrumentos para a avaliação de estudantes e professores e respeitando um limite adequado de alunos por sala, o que permite o acompanhamento personalizado de cada criança ou adolescente. Dispõem de laboratórios, quadras e ginásios esportivos, computadores, bibliotecas e demais equipamentos necessários para que o corpo docente possa atingir o máximo de eficiência. Para completar, possuem ainda bons canais de comunicação com os pais.

 

Marista Dom Silvério: ambiente aconchegante de cidade de interior para os alunos mais jovens

Não é suficiente, porém, que seu filho esteja matriculado em um ótimo colégio e se sinta feliz lá dentro. Estudar – seja em uma escola de primeira linha, seja em outra mais modesta – exige esforço, disciplina e motivação. Adotado por nove em cada dez colégios, o construtivismo prega que o conhecimento precisa ser construído pelo aluno. Segundo essa teoria, o professor deve auxiliar nesse processo, fazendo com que a criança tenha capacidade e espírito crítico para filtrar um número cada vez maior de informações a que está exposta. Ou seja, o papel da escola é preparar para a vida, e não apenas transmitir conhecimento. Lembre-se de que, muitas vezes, os benefícios propiciados pela instituição só serão percebidos muitos anos depois de o aluno deixar as carteiras escolares.

"A escola precisa transformar o aluno", diz a professora de história do Colégio Pitágoras Carla Miller Brant Moraes. "É primordial que ele saia diferente de quando entrou." Em outras palavras, o colégio não deve fazer média com o estudante, e o fato de um professor ser querido pela turma não significa necessariamente que ele seja bom, embora essa empatia seja um fator importante para criar um clima emocional positivo entre o mestre e o aprendiz.

Além de originar o ranking das melhores, as 72 questões do questionário permitiram que se produzisse uma radiografia inédita da rede particular de Belo Horizonte. Mais que amostragem, é quase um recenseamento. Afinal, nos 97 colégios que participaram do levantamento, estudam 83 480 crianças e jovens, mais de 90% do total de 92 574 que cursam os ensinos fundamental e médio nas escolas particulares da cidade. É o que o leitor poderá ver nos flagrantes da pesquisa, apresentados em forma de gráficos e tabelas nas reportagens desta edição.

 
As vencedoras
ensino fundamental
Ranking elaborado com dados da pesquisa
VEJA Belo Horizonte-Ipsos Marplan
POSIÇÃO-ESCOLA
PONTOS

Santo Antônio

92,5
Magnum Agostiniano (Cidade Nova)
92,0
Imaculada Conceição
80,0
Loyola
77,0
Marista Dom Silvério
75,5
Santa Dorotéia
75,0
Pitágoras
74,5
Promove
71,0
Izabela Hendrix
69,5
10º Santo Agostinho
69,0
11º Espanhol Santa Maria
67,0
12º Sagrado Coração de Jesus
65,0
13º São Bento
64,0
14º Frei Orlando
63,0
15º Pio XII
62,5
16º Rouxinol
62,0
17º Arquidiocesano
61,5
18º Santa Maria
61,0
19º Batista Mineiro
60,5
20º Colibri
60,0

 

TOME NOTA

As escolas desta lista não são necessariamente as mais indicadas para seu filho. Não existe o colégio ideal para todos os tipos de aluno. Uma família que valoriza a solidariedade pode não concordar com o estímulo à competição em determinada escola, por exemplo. Por isso, escolha uma instituição que pregue valores parecidos com aqueles que você deseja estimular em seus filhos. E não esqueça: é primordial que eles gostem do colégio

 

As vencedoras
ensino médio
Ranking elaborado com dados da pesquisa
VEJA Belo Horizonte-Ipsos Marplan
POSIÇÃO-ESCOLA
PONTOS

Magnum Agostiniano (Cidade Nova)

92,0
Edna Roriz
85,0
Imaculada Conceição
82,0
Santo Antônio
81,0
Loyola
78,0
Santo Agostinho
77,0
Santa Dorotéia
76,5
Frei Orlando
76,0
Sagrado Coração de Maria
75,0
10º Marista Dom Silvério
74,5
11º Colégio Promove
74,0
12º Pitágoras
73,0
13º Método
72,0
14º Soma
71,0
15º Sagrado Coração de Jesus
69,0
16º Izabela Hendrix
67,0
17º Batista Mineiro
66,0
18º São Bento
65,0
19º Modelo
64,0
20º Módulo
63,0

 

 



Quanto elas custam?
(preços por ano, em reais)


     
VEJA on-line | VEJA Educação
copyright © 2002 . Editora Abril S.A. . todos os direitos reservados