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RANKING
Acima da média
Os melhores colégios de Belo Horizonte têm algo em
comum: a qualidade dos
professores
Fotos Nélio Rodrigues
 Laboratório de biologia do Colégio Loyola: turmas são
divididas para aproveitar melhor os equipamentos
|
A pesquisa VEJA Belo Horizonte-Ipsos Marplan comprova
uma tese bastante simples: o que faz a diferença entre uma escola
boa e uma mediana são os professores. Apesar da introdução de novas
tecnologias, das instalações cada vez mais sofisticadas que deixam
alguns colégios com ares de clube, o sucesso ou o fracasso de um
projeto pedagógico depende fundamentalmente da interação entre
professor e aluno, dentro da sala de aula. "Uma equipe coesa, que
compartilha o mesmo projeto pedagógico, é determinante para a
qualidade de ensino", afirma Maria Helena Guimarães, secretária
executiva do MEC. "É fundamental também investir na formação
permanente dos docentes."
Entre os melhores colégios de Belo Horizonte
existem instituições com os mais variados perfis. Religiosas,
laicas, grandes, pequenas, conservadoras, liberais. Algumas se
preocupam em engajar crianças e adolescentes em trabalhos sociais.
Outras oferecem grande número de atividades esportivas. Tão
diferentes entre si, essas escolas têm em comum professores bem
remunerados e estáveis, que se reúnem freqüentemente para avaliar e
planejar as aulas – e recebem para isso. Nelas, um maior número de
profissionais trabalha em regime de exclusividade e há maior
quantidade de mestres e doutores. Mas tudo isso ainda não é
suficiente. É preciso que o corpo docente tenha uma estrutura
adequada, dando sustentação do lado de fora da sala de aula. Um bom
número de coordenadores, cursos para que possam utilizar a
informática como instrumento efetivo de aprendizagem, palestras com
especialistas para aprimorar métodos pedagógicos. Todos esses itens,
em menor ou maior grau, foram encontrados pela pesquisa VEJA
BH-Ipsos Marplan nesses colégios.
 Colégio
Santo Agostinho: armários individuais para os alunos
|
No término do levantamento, os campeões foram o Santo
Antônio (ensino fundamental) e o Magnum Agostiniano (ensino médio).
É importante ressaltar que existem várias escolas tão boas ou quase
tão boas quanto as duas primeiras colocadas. A diferença no
desempenho das melhores não foi grande. As vinte primeiras da lista
alcançaram mais de 60 pontos de 100 possíveis. Todas elas chegaram a
um patamar de excelência que as coloca em posição de superioridade
entre os 97 estabelecimentos de ensino que responderam ao
questionário. Qual será então a melhor escolha? Diante de tantas
possibilidades, ela dependerá menos da classificação final do que de
determinadas opções dos pais, que podem preferir uma orientação mais
ou menos liberal, religiosa ou não, e levar em conta, sobretudo, a
localização – algo importantíssimo na hora de decidir onde
matricular o filho. As escolas mais bem colocadas nos rankings da
pesquisa VEJA-Ipsos Marplan, além de possuir ótimos professores e
dar condições para que eles possam desenvolver seu trabalho, mantêm
uma grade curricular equilibrada, com bom número de atividades
artísticas e esportivas, utilizando vários instrumentos para a
avaliação de estudantes e professores e respeitando um limite
adequado de alunos por sala, o que permite o acompanhamento
personalizado de cada criança ou adolescente. Dispõem de
laboratórios, quadras e ginásios esportivos, computadores,
bibliotecas e demais equipamentos necessários para que o corpo
docente possa atingir o máximo de eficiência. Para completar,
possuem ainda bons canais de comunicação com os pais.
 Marista
Dom Silvério: ambiente aconchegante de cidade de interior para
os alunos mais jovens |
Não é suficiente, porém, que seu filho esteja
matriculado em um ótimo colégio e se sinta feliz lá dentro. Estudar
– seja em uma escola de primeira linha, seja em outra mais modesta –
exige esforço, disciplina e motivação. Adotado por nove em cada dez
colégios, o construtivismo prega que o conhecimento precisa ser
construído pelo aluno. Segundo essa teoria, o professor deve
auxiliar nesse processo, fazendo com que a criança tenha capacidade
e espírito crítico para filtrar um número cada vez maior de
informações a que está exposta. Ou seja, o papel da escola é
preparar para a vida, e não apenas transmitir conhecimento.
Lembre-se de que, muitas vezes, os benefícios propiciados pela
instituição só serão percebidos muitos anos depois de o aluno deixar
as carteiras escolares.
"A escola precisa transformar o aluno", diz a professora de
história do Colégio Pitágoras Carla Miller Brant Moraes. "É
primordial que ele saia diferente de quando entrou." Em outras
palavras, o colégio não deve fazer média com o estudante, e o fato
de um professor ser querido pela turma não significa necessariamente
que ele seja bom, embora essa empatia seja um fator importante para
criar um clima emocional positivo entre o mestre e o aprendiz.
Além de originar o ranking das melhores, as 72
questões do questionário permitiram que se produzisse uma
radiografia inédita da rede particular de Belo Horizonte. Mais que
amostragem, é quase um recenseamento. Afinal, nos 97 colégios que
participaram do levantamento, estudam 83 480 crianças e jovens, mais
de 90% do total de 92 574 que cursam os ensinos fundamental e médio
nas escolas particulares da cidade. É o que o leitor poderá ver nos
flagrantes da pesquisa, apresentados em forma de gráficos e tabelas
nas reportagens desta edição.
As vencedoras ensino fundamental
|
Ranking elaborado com dados da
pesquisa VEJA
Belo Horizonte-Ipsos Marplan
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POSIÇÃO-ESCOLA |
PONTOS |
 |
1º
Santo Antônio |
92,5 |
 |
2º Magnum Agostiniano (Cidade Nova)
|
92,0 |
 |
3º Imaculada Conceição
|
80,0 |
 |
4º
Loyola |
77,0 |
 |
5º
Marista Dom Silvério
|
75,5 |
 |
6º
Santa Dorotéia
|
75,0 |
 |
7º
Pitágoras |
74,5 |
 |
8º Promove |
71,0 |
 |
9º
Izabela Hendrix
|
69,5 |
 |
10º
Santo Agostinho |
69,0 |
 |
11º
Espanhol Santa Maria |
67,0 |
 |
12º
Sagrado Coração de
Jesus
|
65,0 |
 |
13º
São Bento |
64,0 |
 |
14º
Frei Orlando |
63,0 |
 |
15º
Pio XII |
62,5 |
 |
16º
Rouxinol |
62,0 |
 |
17º Arquidiocesano |
61,5 |
 |
18º Santa Maria |
61,0 |
 |
19º Batista Mineiro |
60,5 |
 |
20º Colibri |
60,0
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TOME NOTA |
As escolas desta
lista não são necessariamente as mais indicadas para seu
filho. Não existe o colégio ideal para todos os tipos de
aluno. Uma família que valoriza a solidariedade pode não
concordar com o estímulo à competição em determinada escola,
por exemplo. Por isso, escolha uma instituição que pregue
valores parecidos com aqueles que você deseja estimular em
seus filhos. E não esqueça: é primordial que eles gostem do
colégio
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As vencedoras ensino médio
|
Ranking elaborado com dados da
pesquisa VEJA
Belo Horizonte-Ipsos Marplan
|
POSIÇÃO-ESCOLA |
PONTOS |
 |
1º
Magnum Agostiniano
(Cidade Nova) |
92,0 |
 |
2º Edna Roriz
|
85,0 |
 |
3º Imaculada Conceição
|
82,0 |
 |
4º
Santo Antônio |
81,0 |
 |
5º
Loyola |
78,0 |
 |
6º
Santo
Agostinho |
77,0 |
 |
7º
Santa Dorotéia |
76,5 |
 |
8º Frei Orlando |
76,0 |
 |
9º
Sagrado Coração de Maria
|
75,0 |
 |
10º
Marista Dom Silvério
|
74,5 |
 |
11º
Colégio Promove |
74,0 |
 |
12º
Pitágoras |
73,0 |
 |
13º
Método |
72,0 |
 |
14º
Soma |
71,0 |
 |
15º
Sagrado Coração de Jesus
|
69,0 |
 |
16º
Izabela Hendrix
|
67,0 |
 |
17º Batista Mineiro |
66,0 |
 |
18º São Bento |
65,0 |
 |
19º Modelo |
64,0 |
 |
20º Módulo |
63,0 | |
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